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Mostrando postagens de 2008

O Jorjão

Já tenho uma blogueira famosa de amiga. A Maria Amélia. Ela conseguiu 8 comentários em uma só postagem. Todos meus leitores reunidos não lotam um fusca. Estou até pensando em trabalhar para ela. Aceito o pagamento em chopp. Só posso escrever sobre música agora. É uma evolução. Temos que nos especializar em algo ou ficamos medíocres em tudo. Assim pensavam os norteamericanos, que acham, em sua maioria, que temos girafas em nossas ruas. Tomarei Nelson Motta como inspiração. O cara não mete pau em ninguém, é pegador, compôs "Dancing Days" e "como uma onda", participou um tempão do Conexão Manhattan e sabe apreciar o antigo e o moderno. E pra finalizar a babação de ovo, ele conseguia ser amigo do Tim Maia. Vou começar falando do Jorjão. O Bitt, meu amigo do Méier, tava me falando que o Jorjão ficava vagando pelas ruas contando suas idéias para quem quisesse ouvir. E ninguém tinha muita paciência pra isso. O Jorjão era quase um mendigo. Certa vez ele encontrou o Bitt na

Joga futebol?

Fui criado em bairro. Bairro futebolístico. Onde se valorizava família, trabalho e futebol. Principalmente futebol. Meu pai era um bom boleiro. Principalmente quando eu estava vendo. Ele queria fazer bonito pro filhão. Zagueirão. Dava umas porradas lá de trás. Jogava bem. Domingo era futebol de manhã e depois cerveja. Para as crianças, salgados de boteco e refrigerantes. E escutar as conversas do pós-futebol. Era bom demais. Estar com o pai nessas horas é bom demais. Sempre que um amigo antigo de meu pai o encontrava a seqüência de perguntas era sempre a mesma: É seu filho? Sim... Joga futebol? É... É goleiro!(meio sem graça) Fui um bom goleiro. Até cansar. A minha relação com o futebol sempre foi de admiração e respeito. Muito longe da paixão. Bem diferente de meu pai. Um jogo de Brasil e Alemanha(feminino) me atrai bem mais do que um Vasco X Ipatinga. Meu sobrinho não leva jeito pro futebol. Ele gosta de dançar. Não vivemos na China, mas gostar de dançar break e imitar Michael Jackso

Dias de Pingüim

Esta postagem serve apenas para mim... Preciso fazer as pazes com meu blog e provar a mim mesmo que sou capaz de tornar um assunto totalmente banal agradável aos meus 5 leitores diários. Tento tirar proveito de situações adversas. Isto é, quando não posso fazer o que quero, aproveito pra fazer o que preciso. Porém o frio simplesmente impede que meu cérebro funcione corretamente. Ele me trava totalmente. Pelo menos quando estou em casa. O frio faz-me comer. Faz-me sentir preguiça. Faz-me comer mais. E sentir mais preguiça. E também me faz publicar postagens totalmente piegas como esta. Meu nariz entope. Minha pele mofa. Os vírus se apoderam de minhas bactérias de estimação. Minhas articulações berram quando eu inicio minhas corridas matinais e para tomar coragem para sair de casa eu tenho que me inspirar em Rocky Balboa. Um marmanjo de 34, se inspirando em uma ficção para correr. Bem... Ele deve ter se inspirado em alguém para fazer o filme. O importante é o resultado. Não sinto vontad

Influências vinílicas

Vai uma mentirinha aí?

Não acreditem em mais nada do que direi a partir de hoje. Só direi coisas para agradar meus amigos. Não gosto de provocar dor. E a verdade dói. E como dói. Esse é um antigo ditado que a cada dia e a cada relacionamento se torna mais verdadeiro. Mas por que será que hoje em dia as pessoas estão cada vez mais sensíveis à verdade? Eu com minhas teorias: o relacionamento amigo-amigo está cada vez mais sendo substituído pelo profissional-cliente, desta forma, fala-se sempre o que o cliente quer ouvir: Mentira!!! Antigamente ouvíamos verdades todos os dias, hoje em dia só bem de vez em quando. É como fazer alongamentos. Todo dia não dói... Hoje em dia uma simples verdade pode destruir uma velha amizade ou um relacionamento e ainda causar um ódio mortal ad eternium... A partir de hoje jamais encerrarei um relacionamento dizendo a verdade. Darei as tradicionais mentiras masculinas, que são perfeitas e te deixam com aquele jeitão de cafajeste simpático. - Você é a pessoa certa no momento errado

O muro

Certa vez, indagado por meus pais sobre o que eu queria ser, prontamente respondi: “Eu quero ser lixeiro!” Acho que não preciso comentar a bronca que eu levei. Há alguns dias atrás fui de carro atrás de um caminhão de lixo até o centro da cidade, sem conseguir ultrapassá-lo. Mas só quis fazê-lo no início, depois perdi a vontade. Parece que meus pais não entendem nada mesmo. Passei a apreciar a alegria dos três lixeiros que ali estavam em solavancos, rindo e brincando entre as saídas para pegar os sacos de lixo. Recordei que sempre foi assim, desde os meus seis anos, a imagem que o lixeiro de minha cidade me passa é a imagem de alguém feliz com o que faz. Não venho aqui dizer que a vida é bela e tudo é lindo, porém se eu estivesse dentro de um barraco, desempregado, invisível, no alto de um morro e sem dois reais para dar uma volta pela cidade de ônibus, um emprego de lixeiro iria me trazer tudo que precisava naquele momento: movimento, algum status, e a aproximação com um mundo que ins

Comportamento Geral

Gonzaguinha está na moda. Carnaval está na moda. É carnaval!!! Digo carnaval carnaval, e não o “feriado carnaval”. Ele era carnaval. Um comunistazinho que não aceitava as diferenças sociais, porém também não considerava o carnaval culpado disso. Muito menos a cervejinha gelada com a batucada após o trabalho. E nós estamos por aí... A rapaziada de Gonzaguinha parece estar voltando. Junto com o samba, a malandragem, os blocos de carnaval e a tristeza logo após a alegria. A moda gira, e trás de volta o que era bom e não teve o valor que merecia. O carnaval carioca é o que há! Tim Lopes deixou muita saudade naquela reportagem em que finge ter uma câmera de brinquedo e filma de verdade. Aquilo foi uma idéia brilhante, de um verdadeiro folião. Nesse ano pretendo preparar uma mamadeira de dois litros de vodka com alguma fruta, vestir uma peruca qualquer e cair nas ruas do meu bairro, cantando a canção que me surgir. Deram-me essa oportunidade. Devo agarrá-la com unhas e dentes. E que tal ca

Run, Forest, run!!!

Hoje de manhã eu precisava correr! Meu corpo e mente me imploravam por isso. Após uma semana de rotinas e gorduras, eu precisava mesmo correr. Ao decorrer desta crônica isso será melhor explicado! Drauzio Varella disse certa vez: O cérebro é uma máquina(ou coisa parecida) que exercitamos com a leitura e oxigenamos com os exercícios físicos. Não está entre aspas porque não foi exatamente assim que ele disse. Me apoiando nos ombros do gigante Drauzio, eu posso ir, com humildade, até um pouco além. Pelo menos a minha mente, para manter-se sã, necessita de suor, samba e cerveja. Ou algo parecido com isso. Gostaria de saber os efeitos químicos e físicos de um tambor batendo ritmado em uma tribo primitiva ou em uma rave (mais primitiva ainda). As constatações oculares são nítidas: Excitação coletiva e alívio dos estresses causados pelas rotinas. Ou o famoso “soltar dos bichos” O exercício físico também tem ritmo, então pode fazer o mesmo efeito em nosso cérebro. Baseado nisso crio agora algu

Hoje é dia de arte!

Tenho dedicado muito tempo com futilidades e pouco tempo com coisas mais importantes no meu tempo livre. Aliás, O que é tempo livre? O que são coisas importantes? Importantes pra quem? Comecei muito mal esse texto! Vamos tentar novamente: Apesar de ter sido um dia normal de trabalho, consegui hoje dedicar parte do meu tempo, normalmente utilizado com cultura inútil, para admirar arte. E não foi a música, arte pela qual dedico parte maior do meu tempo. Tempo para artes, lógico! Assisti ao desfile da Osklen, pela GNT e ao filme Saneamento Básico. Ambos me tornaram um carinha mais feliz, pelo menos nesse fim de dia. Fizeram-me até escrever. Coisa que eu não fazia há um tempo. Escasso tempo para artes... O primeiro mostra a moda com o jeito Oskar! Sempre humilde, criativo, carioca, consciente e capaz de conquistar o mundo com essas qualidades. É aquela lojinha de Búzios, que cresceu comigo, chegando a Tókio e Europa, levando o estilo e a cultura carioca para a admiração de todos. O segundo

Voltando

Keila não tem blog. Deveria ter! Muitos que o têm não deveriam. Meu blog possui aproximadamente uma leitora, talvez esse número dobre a partir de hoje, assim que eu publicar um artigo de Keila sobre Ilha Grande, que achei muito bom. E quem sabe Keila até arrume mais alguns leitores para mim. Não que eu esteja muito necessitado de leitores. Que bloguista fica esperando mais de seis meses por uma postagem que nem é do blogueiro? Cheguei de Ilha Grande doido para escrever algo sobre a viagem, mas Keila, mesmo sem blog, sacou mais rápido. Eis a postagem de Keila Costa, quem sabe eu também me animo... Sentir da Ilha Desde sempre ouvi falar que uma ilha era uma porção de terra cercada de água por todos os lados. O que eu não sabia era que as ilhas possuíam pés móveis por onde as alcançávamos mesmo pequeninos e distantes, a cada onda e balanço, sobre cascos duros arredondados; barcos com vela, barcos sem vela...acolhedores úteros do mar a esmo na sensação, mas bussolares no ritmo indescritíve