Mais uma vez vou dizer. Esse blog é sobre comportamento.
E qual o comportamento você espera do seu ídolo?
Após ficar sabendo do MTV acústico do Lobão, resolvi escrever sobre esse grande mané do rock nacional.
Sempre escutei Lobão e toco várias de suas músicas. Gosto muito. Mas com ele aprendi a separar o ídolo do ser humano.
Eu ja sabia de uma história, lá dos idos de 88, de uma passagem do Lobão em Petrópolis em que ele resolveu cheirar pó na rua, em cima de um capô de carro qualquer, na frente de quem quer que seja... Lindo!!!! Desrespeito maior que esse eu tô pra ver.
A última dele aqui foi a uns três anos atrás que ele veio se apresentar no Tamboatá. Show bem pequeno, público sentado, poucas mesas, som excelente. Lobão usava um cabelo de índia americana. Ele que adorava criticar o cabelinho com gel new wave dos anos 80... Índia americana pode, gel não.
Começou a tocar e fazer a bateria com pé. Muito competente, por sinal. Mas quando ele cantava as músicas desconhecidas, algumas pessoas falavam junto. Ele parava o show e dava um de seus xiliques tradicionais, chamando-nos de burgueses e outras palavras que só esses caras que nunca pegaram no pesado utilizam. Quando um amigo meu, fã de Lobão, pediu:
- Toca revanche!
E Lobão respondeu:
- Eu sabia que algum babaca ia pedir "Revanche"!
Meu amigo levantou-se e foi embora na hora. Me arrependo de não ter ido também. Ninguém gostou do show.
Quando foi preso, Lobão agradeceu aos policiais por tê-lo ajudado vender discos. Acho que ele se acostumou com essa tática e daí em diante não parou mais. Arrumou briga com todas as gravadoras e novamente arrumou espaço na mídia, mas nem assim conseguiu que alguém ouvisse suas músicas. Nem eu, que sempre gostei.
Lobão não se deu conta de duas coisas básicas:
1 - Gravadora tem esse nome por causa de antigamente. Hoje em dia deveria se chamar corretora de artistas. Você pode até fazer um bom negócio sem um corretor, mas haverá muito gente tentando impedir que você o faça.
2 - A música dele não vendeu por que não tinha mais nada de original. Pois nas mesmas bancas que estavam vendendo seus CDs, bombavam os da furacão 2000. Que, pelo menos, era novidade, como já foi o seu "vida bandida".
Agora ofereceram pro Lobão relançar seus discos desconhecidos através de uma gravadora, e ele, que não é bobo nem nada, aceitou. Acho que nessa ele provou pra todos nós que sua rebeldia tem preço.
É a primeira vez que falo mal de alguém em um blog, mas quando vi o cara dizendo que eu iria sentir a rigidez e a polvorescência dele... Foi a gota d'água.
E qual o comportamento você espera do seu ídolo?
Após ficar sabendo do MTV acústico do Lobão, resolvi escrever sobre esse grande mané do rock nacional.
Sempre escutei Lobão e toco várias de suas músicas. Gosto muito. Mas com ele aprendi a separar o ídolo do ser humano.
Eu ja sabia de uma história, lá dos idos de 88, de uma passagem do Lobão em Petrópolis em que ele resolveu cheirar pó na rua, em cima de um capô de carro qualquer, na frente de quem quer que seja... Lindo!!!! Desrespeito maior que esse eu tô pra ver.
A última dele aqui foi a uns três anos atrás que ele veio se apresentar no Tamboatá. Show bem pequeno, público sentado, poucas mesas, som excelente. Lobão usava um cabelo de índia americana. Ele que adorava criticar o cabelinho com gel new wave dos anos 80... Índia americana pode, gel não.
Começou a tocar e fazer a bateria com pé. Muito competente, por sinal. Mas quando ele cantava as músicas desconhecidas, algumas pessoas falavam junto. Ele parava o show e dava um de seus xiliques tradicionais, chamando-nos de burgueses e outras palavras que só esses caras que nunca pegaram no pesado utilizam. Quando um amigo meu, fã de Lobão, pediu:
- Toca revanche!
E Lobão respondeu:
- Eu sabia que algum babaca ia pedir "Revanche"!
Meu amigo levantou-se e foi embora na hora. Me arrependo de não ter ido também. Ninguém gostou do show.
Quando foi preso, Lobão agradeceu aos policiais por tê-lo ajudado vender discos. Acho que ele se acostumou com essa tática e daí em diante não parou mais. Arrumou briga com todas as gravadoras e novamente arrumou espaço na mídia, mas nem assim conseguiu que alguém ouvisse suas músicas. Nem eu, que sempre gostei.
Lobão não se deu conta de duas coisas básicas:
1 - Gravadora tem esse nome por causa de antigamente. Hoje em dia deveria se chamar corretora de artistas. Você pode até fazer um bom negócio sem um corretor, mas haverá muito gente tentando impedir que você o faça.
2 - A música dele não vendeu por que não tinha mais nada de original. Pois nas mesmas bancas que estavam vendendo seus CDs, bombavam os da furacão 2000. Que, pelo menos, era novidade, como já foi o seu "vida bandida".
Agora ofereceram pro Lobão relançar seus discos desconhecidos através de uma gravadora, e ele, que não é bobo nem nada, aceitou. Acho que nessa ele provou pra todos nós que sua rebeldia tem preço.
É a primeira vez que falo mal de alguém em um blog, mas quando vi o cara dizendo que eu iria sentir a rigidez e a polvorescência dele... Foi a gota d'água.
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