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Dias de Pingüim

Esta postagem serve apenas para mim... Preciso fazer as pazes com meu blog e provar a mim mesmo que sou capaz de tornar um assunto totalmente banal agradável aos meus 5 leitores diários.

Tento tirar proveito de situações adversas. Isto é, quando não posso fazer o que quero, aproveito pra fazer o que preciso. Porém o frio simplesmente impede que meu cérebro funcione corretamente. Ele me trava totalmente. Pelo menos quando estou em casa.

O frio faz-me comer. Faz-me sentir preguiça. Faz-me comer mais. E sentir mais preguiça. E também me faz publicar postagens totalmente piegas como esta.

Meu nariz entope. Minha pele mofa. Os vírus se apoderam de minhas bactérias de estimação. Minhas articulações berram quando eu inicio minhas corridas matinais e para tomar coragem para sair de casa eu tenho que me inspirar em Rocky Balboa. Um marmanjo de 34, se inspirando em uma ficção para correr. Bem... Ele deve ter se inspirado em alguém para fazer o filme. O importante é o resultado.

Não sinto vontade de pegar no violão, nem de escrever. Ligo a TV e fico em frente a ela até me sentir congelado. Sempre comendo alguma gordura que segue direto para meus pneuzinhos.

A solução seria chegar em casa apenas na hora de dormir. Pra isso, preciso arrumar uma forma de passar o tempo à noite...

No local de trabalho, fico louco, workaholic. No boteco, viro alcoholic e gordurolic. Talvez alguma igreja, ou reuniões tipo amway, rotary, lions, herbalife, jipeiros, ou qualquer outra chatice dessas. Um curso seria uma boa. Mas nessa cidade, bons cursos são raros. E no inverno, os ácaros dos casacos guardados sempre seguem direto para as minhas narinas quando participo de um curso noturno.

Academia e depois sauna. Tá melhorando. Acho que vou tentar essa. Mas sou um tremendo anti-social na academia. Pra mim, quanto menos gente melhor.

Gosto de suar e de ficar sem camisa. Que saudades dos meus banhos frios... Acho que o aquecimento global foi passar o inverno em outro lugar. Aqui ele não apareceu. Pensando bem. Se não fossem esses longos e tenebrosos invernos, eu perderia a noção da maravilha que é o verão em Itaipava. Não entremos na filosofia: O que seria do bonito se não fosse o feio...

E se eu tivesse nascido em Londres? Como eu seria? Acho que eu seria um bom trabalhador. Pra ter grana pra instalar uma boa calefação na minha casa. Ou encheria a cara no pub até meia noite todos os dias para conseguir dormir.

Acho que já consegui aquecer meus dedos. Vou indo nessa. Desculpe pelo excesso de banalidade.

Comentários

Anônimo disse…
O frio deveria se chamar irmão da ranzinice; definitivamente não me dou bem com esse irmão perseverante, que me visita todos os anos e potencializa meu mal humor. Bem, não fico tão mal humorada assim, mas repito sucessivas vezes que prefiro o calor mais escaldante. Um dia um amigo disse que essa minha aversão ao frio estava relacionada com meu estado de alma. Será que alguma alma ferve no inverno sem nenhum subterfúgio? rsrsrs...O banal é só o comum de se falar, somos comuns, somos também banalidades, e algumas nos são caras.
Beijos
Anônimo disse…
E vc serviu de inspiração pra mim... fiz um poste meia boca pra você, com link e tudo. Mas foi de coração!

Ah, odeio inverno!

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