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Um pouco de música

Não sou DJ. Não sou músico profissional. Não sou um excelente instrumentista. Não sou um bom cantor.
Mas sempre tive habilidade de agradar as pessoas ao meu redor com música. Mesclando sempre o meu gosto com o gosto de quem está ouvindo. Ensinando e aprendendo. Seja nas rodas de violão, shows ou festinhas, com meu super ipod.
 
Tenho sempre algumas cartas na manga. Algumas músicas que jamais estiveram na mídia e foram conhecidas pelos meus amigos através de mim.
Ao meu ver, eu ajudo um pouco a reparar algumas injustiças da mídia, pois se as pessoas gostam de ouvir, a mídia deveria tocar. Mas como todos nós já sabemos: Está na mídia quem paga... Ouve quem tem preguiça de garimpar ou quem não tem mais o que ouvir...
 
A mídia às vezes paga pelo que faz. Um exemplo clássico foi quando o Latino descobriu o super hit-chicletinho "Dragostea Din Tei" antes da mídia e  99% dos brasileiros acham até hoje que ele é o autor do bem humorado hit. Aconteceu quase isso também com o hit de Damien Rice, quando  Ana Carolina e Seu Jorge foram rapidíssimos no gatilho e esqueceram até de botar algum sentido na parte do vendedor de flores.
 
Mas esse post não é para falar de injustiças da mídia, caso contrário eu seria mais um pentelho falando das injustiças do mundo.
 
Música boa é aquela que entra sem você notar e provoca uma sensação boa. Independente do número de acordes, da dificuldade, do rítmo, do gênero...
Tudo bem que existam os chicletinhos que vc não gosta mas eles não saem da sua cabeça. Mas fica a pergunta: Será que não gosta mesmo? Será que você não vai se esbaldar de dançar "Festa no apê" depois de tomar 5 whiskys em uma festa de casamento? Será você não gosta apenas do exagero com esta música aparece na mídia?
 
O rítmo nos hipnotiza, a melodia nos remete a lugares distantes dentro da gente. É assim na mais primitiva das tribos e na cidade mais tecnológica do planeta. É como a induméntária. Como o sexo. Como as pinturas.
 
Mas a mesmice cansa. Existem colagens que nada nos traz de novo. Porém devemos entender que para alguém, aquilo é novo.
 
A mente aberta nos faz entender o sentido de cada estilo. E cada estilo requer uma diferente sensibilidade. Na música, cada um utiliza as armas que tem para se expressar e se comunicar da melhor forma com aqueles que pensam parecido ou com o maior número de pessoas possível. Às vezes se erra de público, como aconteceu com os Mamonas, que foram venerados pelas crianças... Não era pra ser pra criança.
 
Conheço alguns músicos inconformados com quem faz sucesso. Conheço excelentes instrumentistas que são totalmente bitolados musicalmente. Só aceitam e entendem o estilo que tocam. Mas eles são também muito importantes no meio, pois todo novo genêro musical nasce de uma inconformidade com o atual. O Rock é a maior prova.
 
Não sabia que esse post iria ficar tão grande... Tenho assunto pra mais um cinco desses. Depois continuamos.
 
 

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